Operação mira suspeitos de prestarem apoio a fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró
11/03/2025
(Foto: Reprodução) Estão sendo cumpridos 27 mandados de prisão, além de 31 mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio de Janeiro. Operação mira suspeitos de dar apoio à fuga de Mossoró
PF/Divulgação
Uma operação deflagrada nesta terça-feira (11) cumpre mandados de prisão e de busca contra suspeitos de prestarem apoio aos dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no ano passado.
Estão sendo cumpridos 27 mandados de prisão (sendo 14 preventiva e 13 temporária), além de 31 mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio de Janeiro.
Polícia Federal aponta negligência evidente, mas não indicia nenhum servidor por fuga em penitenciária de Mossoró
A Justiça determinou ainda o bloqueio de 32 contas bancárias ligadas aos investigados, com o objetivo de congelar bens no valor de até R$ 22,5 milhões.
Os principais alvos da operação são membros da facção criminosa Comando Vermelho, à qual pertencem Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, os presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, em 14 de fevereiro do ano passado.
🔎 Foi a primeira fuga registrada no sistema carcerário federal. Os dois foram recapturados 50 dias depois, no Pará, após intensas buscas que custaram milhões aos cofres públicos.
Operação mira suspeitos de dar apoio à fuga de Mossoró
PF/Divulgação
Integração de forças
Os mandados da operação desta terça foram cumpridos pela Força de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúne agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias civil e militar, além de policiais penais.
Batizada de “Red Dots” (pontos vermelhos, em português), a operação ocorre dentro da investigação da Polícia Federal que apura o apoio recebido pelos dois presidiários após fugirem da penitenciária federal de Mossoró.
Segundo a PF, a investigação encontrou evidências de prática de crimes como organização criminosa armada, tráfico de drogas e de armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio.
Em um outro inquérito, a PF investigou como ocorreu a fuga dos dois presos. Esse inquérito foi concluído no mês passado, sem indiciamentos.
O relatório aponta que problemas estruturais e falhas de procedimentos, além de negligência de servidores, facilitaram a fuga. Entretanto, a PF não encontrou indícios de que os detentos contaram com ajuda para escapar.
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